quarta-feira, 9 de julho de 2008

zé e maria...


zé e maria...
maria era uma jovem de 20 anos. sonhadora como todas as demais de sua idade.
zequinha, um soldado do exército. servia no quarto regimento de infantaria em quitaúna (soldado 1865).
tinham um primo em comum, que tratou de aproximar os dois.
p/ ele, falava da beleza que maria nem sabia possuir. dos olhos verdes. da sua simpatia, apesar da timidez. do sorriso sempre presente em seu rosto de traços germânicos, de quanto era uma boa filha.
p/ ela, contava das peripécias dele p/ sobreviver numa cidade grande, das histórias que contava quando ia à hípica assistir corridas de cavalo, de como se tornou corinthiano, por conta de ver os jogos do único time que não cobrava entrada. do quanto era querido pelo capitão que o nomeou seu ordenança.
e foi por conta do que dizia isaias, que zequinho mandou uma foto sua p/ maria.
ele era lindo! o coração de maria batia mais forte só de pensar nele.
um dia ela soube, pelo primo, que ele estaria indo p/ a casa da irmã, que morava em glicério. maria morava em são luís do guaricanga, lugar onde o trem que viajaria zequinha, teria de parar p/ a baldeação.
ela não teve dúvidas: foi até a estação a procura dele. ela tinha a foto... e quando o encontrou, (trêmula) se apresentou. foi um encontro de almas. se entenderam pelo olhar. ele quis desistir de sua ida a glicério, porém, ela não permitiu. conversaram na estação enquanto ele aguardava o trem da baldeação. prometeu ir vê-la na volta.
maria, entre feliz e ansiosa, voltou p/ casa e só então contou p/ todos o que tinha feito. não acreditaram nela. disseram que ela tinha sido enganada por algum soldado mal intencionado. que tinha feito loucura. que não mediu conseqüências... blá, blá, blá...
ela nem deu importância p/ o falatório. esperou com paciência.
uns dias depois, eis que surge ao longe, a figura de um soldado. quem viu, foi correndo chamar maria, que foi ao seu encontro de coração acelerado e de braços abertos.
seu caetano, pai de maria, foi enérgico. quis logo saber das intenções do moço. depois de conversarem um tempo interminável, permitiu o namoro.
casaram-se um ano depois.
enfrentaram problemas, dificuldades, mudaram de cidade, tiveram cinco filhos.
riram e choraram juntos por tantas vezes.
viveram... até que a morte os separou.

saudades deles!

Um comentário:

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá!
Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável – e está bem escrito. (Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem disposto , alegre, piadista e – vivo.
Muito prazer me daria se quisesse visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiser divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Queijinho (... e rima com beijinho)

PS - Adoro o Brasil que conheço bastante bem. E quero fazer do meu blogue um grande ponto de encontro entre os dois Países e seus cidadãos.